"Vote em cachorro candidato, não em um candidato cachorro"
Sorriso era um cachorro esquisito, que tinha alguns dentes para frente. Nasceu em 25 de abril de 1984, e seu nome foi dado pelo proprietário do Restaurante Kananga, Eleomar Lopes Machado. O cão era uma sensação para quem passava pela Avenida Atlântica, por meados de 1998.
Por isso, Laudelino Marcos Silva, o fotógrafo Zenóbio Tomio, mais conhecido como Zena, e o jornalista Nagel Milton de Melo, já falecido, decidiram “lançá-lo” para ser candidato à deputado federal pelo Partido Cão do Balneário Camboriú (PCBC), com o slogan: “Vote em cachorro candidato, não em um candidato cachorro”. Logicamente, foi uma sátira contra os políticos corruptos, que sempre foram comuns na nossa própria sociedade.
Vale lembrar que também teve outros bichos que também “concorreram” a cargos políticos, com o intuito de provocar polêmica e humor, como foram os casos do rinoceronte Cacareco, que levou 100 mil votos para vereador, sendo que ele era do Zoológico de São Paulo em 1959; o macaco Tião, que era um chimpanzé que habitava o Zoológico do Rio de Janeiro e recebeu mais de 400 mil votos para ser prefeito da Cidade Maravilhosa (1988) e o bode Frederico, que era um falso candidato à prefeitura de Pilar, cidade próxima à Maceió, capital do estado do Alagoas, em 1996, porém foi morto antes de haver a eleição.
Quanto ao Sorriso, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) obviamente considerou isso uma brincadeira de mau gosto, mas nada podia fazer, tamanha a popularidade do “cãodidato”. O sucesso de Sorriso estava cada vez mais aumentando e foi preciso que contratassem dois seguranças para andar ao lado dele, um dogue alemão e um fila brasileiro.
Além disso, o fato virou notícia com repercussão nacional, a ponto de aparecer em jornais como “A Tarde”, de Salvador (BA), na “Gazeta do Povo” de Curitiba (PR) e no Diário do Litoral, o popular Diarinho, sendo algumas vezes capa, além do Jornal do Brasil.
Na então recém-nascida internet, ele possuía uma página no site da Santur, que chegou a alcançar o 1º lugar entre as páginas mais visitadas. Ele também possuía um tratador, que se chamava Pasquale Marigliano e levava vida de rei, tendo sido o principal destaque num evento no Clube do Cavalo, onde o prato principal era um filé ao molho madeira.
Outro fato curioso é que a militância do PCBC quis que o epíteto de Balneário Camboriú fosse “A Praia do Sorriso”, devido ao astro canino que estava fazendo sucesso, porém, ao que se sabe, foi algo que não aconteceu até os dias de hoje.
No fim das contas, ele acabou recebendo uma quantidade bastante considerável de votos, tendo alcançado mais de 1000 votos somente na comarca de Balneário Camboriú, que certamente foram anulados e angariou a simpatia de muitos eleitores de Santa Catarina que também votaram no canino.
Infelizmente, ele morreu no ano seguinte, mais precisamente no dia 4 de junho de 1999, com 15 anos de idade, sendo atropelado na Avenida Brasil, na altura de onde atualmente está localizada a loja Havan, deixando uma prole numerosa e várias viúvas. O atropelamento aconteceu quando o cão estava ajudando uma companheira a atravessar a rua, ironicamente por um motorista que era o seu amigo. Seu corpo foi recolhido por moradores e encaminhado a sepultamento.
Outro slogan dele era “Não vote em gatos”, além de acompanhar moradores vizinhos e correr atrás de carros e motos, como verificou um dos frequentadores daquele lugar.
Posteriormente, recebeu uma homenagem de seu proprietário com uma estátua em bronze, que ainda existe e está localizado no próprio restaurante, de onde ele se originou, situado na Avenida Atlântica, nº 3850.
Fonte: http://www.clickcamboriu.com.br/blogs/historia-e-curiosidades/2015/07/sorriso-o-caodidato-de-balneario-camboriu-126092.html
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